O satânico bobo da corte gargalhava e ria, ria, ria... Seu macabro sorriso, como se não houvesse amanhã ou se soubesse o resultado da loteria.
Sarcástico membro da ordem dos letárgicos, estes que nem sabe o final do jogo.
E comemoram a vitória dos adversários.
Lunático pretoriano dos caminhos da felicidade alheia, esta que não tem dono
Então, toma de assalto e a leva consigo.
Macaco malabarista urbano de sábado à noite, que no trânsito vagueia sem rumo.
Vindo do nada e indo pro ontem.
Párea mameluco semiólogo guardião da insanidade humana, essa peça rara da vida.
Que dela nada leva e nada trás.
Símbolo da mesma moda mundana que rege os infiéis, que com seus cordões e anéis.
Mandarim armado de sândalo e finos fios de doces melados, mimos moles e mais.
Sabores divinos e matérias austrais.
Bufão presidencial carregando o poder de gerir nossas risadas, estas que saem sem querer. Mão na barriga e boca aberta até doer.
Parte do mesmo show que a ditadora lona encerra, misto de etéreo imagético com a.
Verdade absoluta.
Um paradoxo transvestido em cores alegres para esconder a cinza síntese mundana que descreve o homem desde seu início
muito bom!
ResponderExcluirviva a comédia da vida
a tragicomédia de se estar vivo
o riso desesperado do louco
do palhaço sozinho
sem plateia nem aplausos
apenas um ruido fundo
anunciando que estou vivo
e ei de morrer qual quer dia
até Alan