domingo, 24 de fevereiro de 2013

Personalidades da história russa → Alexander Blok, poeta russo

Alexander Blok, poeta, Rússia
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Alexander Blok foi um dos mais talentosos poetas líricos russos, após Alexander Pushkin, e também dramaturgo.

Alexander Blok passou a sua infância em Petersburgo e na herdade de Shakhmatovo, situada na região de Moscou. Em 1906 formou-se em filologia russo-eslava da Universidade de São Petersburgo. Já na infância começou a escrever versos e a partir de 1903 viu as suas obras publicadas. Em 1904 publicou a coletânea “Versos sobre uma Bela Dama”, em que se apresentava como cultor do simbolismo lírico.

Em 1903 na poesia romântica abstrata de Blok surge o tema social – a cidade desumana com o seu trabalho infernal e a miséria. A revolução de 1905-1907 na Rússia deu a conhecer ao poeta, segundo ele próprio disse, a “face da vida despertada”. Doravante o tema da Pátria estará sempre presente na poesia de Blok. A sua obra adquire um matiz trágico e profundo, imbuído da sensação de que a época está prenhe de catástrofes, do agouro da tempestade purificadora que há-de vir. O poema inacabado “O Castigo”, que Blok escreveu no período de 1910 a 1921, está cheio de pressentimentos revolucionários.

A lírica amorosa de Blok é romântica mas a par do enlevo e do arrebatamento, ela encerra um princípio trágico e fatal. A poesia madura de Alexander Blok já está livre dos símbolos místicos e românticos abstratos e adquire uma força vital. Muitas ideias da poesia de Alexander Blok tiveram desenvolvimento na sua dramaturgia. Em 1909, a família Blok é afligida por dois eventos trágicos – morre o seu filho e, mais tarde, o pai. Para se restabelecer, Blok embarca juntamente com a esposa para descansar na Itália. O verão de 1911 é passado novamente no estrangeiro, desta vez, na França, mas os seus pensamentos voltam sempre à Rússia.

Recebeu com júbilo a notícia do derrubamento do regime czarista em fevereiro de 1917 e foi um dos redatores do relatório estenográfico da Comissão Extraordinária de Inquérito da Atividade dos Antigos Ministros do Czar”. A revolução teve enorme influência na criatividade de Blok. Escreveu naquela época: “Nós, os russos, vivemos uma época que não tem iguais quanto à sua magnitude...”

Em 1918 ele escreveu o poema “Os Doze”, dedicado à derrocada do mundo antigo e ao seu choque com o mundo novo. A sua poesia “Os Escitas”, escrita no mesmo ano, fala da missão histórica da Rússia revolucionária. Neste mesmo tempo, começa a acumular-se o cansaço – o poeta descreve o seu estado com as palavras “beberam-me tudo”... Ele sofria de uma grave doença cardiovascular e de asma. Adoeceu gravemente e faleceu em 07 de agosto de 1921. Foi sepultado no cemitério Volkovskoye de São Petersburgo.

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