quarta-feira, 6 de março de 2013

O tempo e o amarelo poema de Alan André de Figueiredo,



Na repartição publica
o amarelo vai impregnando nas paredes
nas cadeiras e nas mobílias

eis que chega a minha vez
um funcionário amarelo me atende
envolto em documentos amarelos
ele maquinalmente trabalha
carimbo, teclado e caneta
engrenagem da incrível maquina 
E tudo fica assim amarelo
de um amarelo tão profundo
que vai grudando na gente
saio meio atordoado
o sol já vai se por
e um dia inteiro se foi assim amarelando
respiro fundo e percebo
que amarelo fiquei também
e amarelo foi o tempo a passar.


Fonte: http://olhosdedentro.blogspot.com.br/

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